29 de nov. de 2012

Ao futebol de bicicleta

Hoje cedo fui ao centro esportivo fazer exercicios. As vovozinhas no vestiario, trocando confidencias sobre dores da idade, ou refazendo as contas de quando foi que o marido da Maria morreu... coisas que afligem de pensar, envelhecer, perder alguem, e com a maior naturalidade, como coisa da vida, rindo, dando forca uma pra outra, o maximo. Na outra ponta, a mulecadinha jogando futebol, que lindos. lindos! E naquele momento, eu, eterna defensora do movimento humano, tanto corporal quanto cerebral, desatei um no: eu nao odeio futebol. A modalidade em si eh demais, o tanto que se corre, coordena movimentos, mudancas de direcao, a bola, ir atras, eh muito bom! e o corpo vai desenvolvendo, a cabeca tambem, socializando, aprendendo desde cedo e num ambiente descontraido o que eh um meio corporativo, entre outras aquisicoes. Entao, em qual parte da historia ele passou a ser ruim? o centro das atencoes as avessas, que produz fanaticos, que concentra riquezas e alimenta sonhos descabidos? Olha, em numeros, eu nao sei dizer, mas deve dar pra responder. So sei que atraves das minhas lentes de professora especialista em pedagogia do esporte escolar, de tia e brasileira, sempre havera espaco pra se movimentar pelas mais diversas modalidades. Desde que se pense com alguma coesao: meu filho esta no futebol porque ele gosta ou porque eu alimento o sonho descabido? o que pra mim significa colocar o carro na frente dos bois. ou ainda, eu incentivo meu filho a andar de bicicleta porque essa eh mais uma forma de ver o mundo (e provavelmente ele descubra experimentando, que essa seja a melhor delas), ou porque eu sou anti-futebol? Anti nada, eu sou pro ao movimento. Desse ponto de vista, da-lhe gol de bicicleta ;)

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